Cascavel foi a capital latino-americana da microempresa, nos dias 24 a 26 de setembro, recebendo delegações de países da América Latina e de estados brasileiros. O evento centralizou o debate sobre a realidade das economias latino-americanas e das políticas públicas voltadas ao estímulo e apoio aos pequenos negócios. A Conampe apresentou e liderou proposta pela a criação de uma entidade latino-americana para centralizar os debates, formular projetos e apoiar em bloco as demandas nos diversos países.
A troca de informações e experiências foi muito importante. a propostas da Conampe, teve eco e apoio nas delegações, como caminho essencial para o fortalecimento das atividades e do trabalho das entidades nacionais.
Segundo o presidente da Conampe, Ercílio Santinoni, foi consenso que as micro e pequenas empresas têm papel fundamental na inclusão e no desenvolvimento da América Latina. Essas empresas já participam ativamente de mais de 20% dos produto interno dos seus países, em média, e podem ampliar essa participação, refletindo na geração de novos empregos, na inclusão, no desenvolvimento e na qualidade de vida.
História – O Congresso teve sua primeira edição realizada na cidade de Cusco no Peru, em 2014. A segunda edição, agora em 2015, foi realizada no Brasil, na cidade de Cascavel, estado do Paraná, organizado pela Associação de Microempresas do Oeste do Paraná (Amic Oeste), com apoio da Confederação Nacional das Micros e Pequenas Empresas e Empresas Individuais (Conampe).
Com o tema “Integração para o Desenvolvimento” o Congresso teve como objetivo fomentar o envolvimento com empresários e lideranças dos diversos países, na busca pelo fortalecimento da micro e pequena empresa, alem da proposta de criação de uma entidade de representatividade Latino-Americano da micro e pequena empresa.
Santinoni enfatizou que o diagnóstico está pronto, as entidades de cada país sabem o que precisam, tem apoio de setores dos seus governos, mas as políticas públicas tem sido adotadas com lentidão e timidez, impedindo que as microempresas assumam mais rapidamente o seu papel estratégico e a sua vocação de promover o desenvolvimento e a inclusão nos países latino-americanos.
No Brasil essa luta foi iniciado no final da década de 70, ou seja, há quase 40 anos. Os avanços ocorreram, são importantes, mas ainda há muito a aprovar e avançar.
O governador do Paraná, Beto Richa, lembrou que o Sebrae nacional apontou o estado como o melhor cenário brasileiro para as micro e pequenas empresas, em pesquisa realizada recentemente.
O Paraná e o Espírito Santo foram os primeiros do Brasil a ter municípios com Lei Geral Municipal, em Maringá-PR e Cariacica-ES.
O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a criar e implantar o seu Fórum Permanente da Microempresa e Empresas de Pequeno Porte.
Não por acaso foi o estado escolhido pelo colégio das entidades latino-americanas para sediar o seu II Congresso da Microempresa, destaca Ercílio Santinoni.
Presenças – Alem da participação de várias e importantes lideranças das entidades dos países latinos americanos, principalmente dos países como Paraguai, Chile, Peru, República Dominicana, e convidados de Portugal, estiveram presentes em painéis no evento Ercílio Santinoni, presidente da Conampe, Fampepar e Secretario do FPME-PR; Pedro Rigo, secretário da Conampe; Jorge Luiz do Santos, presidente da Amic Oeste; Florisvaldo Fier, representante do Mercosul; Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União; Beto Richa, governador do Estado do Paraná); Rafael Campos Pereira, membro da Comissão Executiva da Confederação Empresarial de Portugal (CIP); Maria Lorena Mendes, vice-ministra da Indústria e Comércio do Paraguai; Jefferson Nogaroli, presidente do Sicoob Paraná e ex-presidente do Sebrae-PR; Edilson Zanatta, da Caixa Econômica Federal; Paulo Carlesso, secretário de Desenvolvimento de Cascavel; Wilson Quinteiro, diretor do BRDE, dentre outras autoridades, delegações de países, estados e convidados.