CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS

NOTÍCIA

Pequenos negócios e o seu potencial pontuaram os debates da XVIII Convenção Nacional da MPE

A XVIII Convenção Nacional da Micro e Pequena Empresa, realizada nos dias 2 e 3 dezembro, em Fortaleza, foi o centro dos debates sobre os pequenos negócios e o seu potencial econômico e social para o Brasil.
Convenção
Abertura da xviii convenção nacional da micro e pequena empresa, em fortaleza

A XVIII Convenção Nacional da Micro e Pequena Empresa, nos dias 2 e 3 de dezembro, contou com as participações de autoridades, dirigentes e lideranças de entidades, ao lado e empresários e micro empreendedores individuais. O encontro aconteceu em Fortaleza, no Centro de Eventos do Hotel Praia Centro. Na noite de abertura, 2, o discurso do presidente da Conampe, Ercílio Santinoni, apresentou o histórico do setor, lembrando a mobilização do segmento em busca de sustentabilidade e para a superação dos desafios, principalmente da burocracia e da legislação vigentes no período. No cenário atual, o setor de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) e Microempreendedores Individuais (MEIs) “é visto como exemplo de geração de emprego e renda, e um dos motores de movimento da economia brasileira, temos reconhecimento”, confirma Santinoni.
O presidente da FAMPEC, Edivaldo Nunes, destacou os trabalhos locais para fazer uma convenção de qualidade, com programação de excelência. “O evento é um marco de mudanças, amplia o olhar, debate o novo perfil do micro e pequeno empreendedor pós pandemia. Partilhamos a diversidade de realidades, com representantes de diferentes estado do Brasil. Além disso, foram temas caros para o setor como a inclusão digital, o novo cliente e a busca do crédito responsável”, avalia Edivaldo.
Todos os discursos apontaram o apoio ao desenvolvimento do setor e a resistência de muitos em não fechar portas em época de pandemia como palavras de ordem. A XVIII Convenção de Fortaleza rendeu duas homenagens importantes reconhecido histórias de construção e fortalecimento do segmento: Fábio Silva recebeu o Diploma de Cidadão Honorário da MPE do Brasil. Ele comanda a subsecretaria de Desenvolvimento das MPEs, Empreendedorismo e Artesanato da SEDIC/SEPEC do Ministério da Economia. Este mesmo título foi entregue in memorian aos filhos do saudoso Jesus Peres, pioneiro no movimento, Cristiane e Marcelo Peres.
Estiveram na noite de abertura: o subsecretário de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato da SDIC/SEPEC, Fábio Silva, representando a SEPEC/Ministério da Esconomia; o deputado estadual Sérgio Aguiar; o vereador Jorge Pinheiro; Alcir Porto Gurgel, diretor Técnico do Sebrae Ceará, representando o presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles; Francisca Jeania, assessora da superintendência do Banco do Noroeste, representando o superintendente Lívio Tonyatt Barreto da Silva; Rodrigo Nogueira Diogo de Siqueira, secretário de Desenvolvimento Econômico de Fortaleza; Kennedy Montenegro Vasconcelos, subsecretário de Empreendedorismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado do Ceará, entre outras autoridades e palestrantes.

Sexta-feira (03/12) movimentada
“Oportunidades e desafios para os pequenos negócios”, tema central da Convenção, teve desdobramento durante todo o dia. A primeira atividade foi com Bianko, palestrante motivacional, falando sobre foco, estratégia e criação de canais de comunicação verdadeiros e eficientes com clientes, pautados na identidade e no storytelling.
A Convenção recebeu o Diretor Nacional do Sebrae, Bruno Quick, que na sua voz trouxe a defesa ao empreendedor, a necessidade de garantias de sustentabilidade e os desafios para inovação por meio da era digital. Quick comentou sobre os esforços do Sebrae para ampliar o contato com o empreendedor. Hoje são 2.470 pontos de presença. “No Brasil são 20 milhões de micro e pequenas empresas. Atendemos 1 em cada 4 empreendedores. Para ampliarmos à capilaridade contamos com as entidades empresariais, as prefeituras municipais e toda iniciativa em prol do associativismo. O Sebrae existe para servir à micro e à pequena empresa, mas o protagonista é o empreendedor”, afirma.
O painel seguinte envolveu três renomados nomes no setor da modernização, políticas públicas e crédito para as empresas do simples: Edivan Fonseca de Miranda, Coordenador da Política Nacional de Modernização do Estado (PNME); Hamilton de Brito Junior, Presidente da Associação Brasileira de Factoring, securitização e empresas simples de crédito; e Henrique Reichert, Coordenador-Geral de Inteligência em Ambiente de Negócios, Competitividade e Produtividade, na Subsecretaria de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato, do Ministério da Economia.
A atividade da tarde seguiu com o tema programas de acesso ao crédito. O economista Everton Chaves Júnior, da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo, ressaltou que o Pronampe é uma ação para expandir a linha de crédito para MPEs, e que “foi e é um programa importante para que a crise econômica, principalmente com a pandemia, tenha impacto menos negativo. Temos crédito à disposição, mas cada um precisa ter estratégia de gastos e entender sua capacidade individual de fazer mais renda”, pontua.
Sobre fomento e financiamento, Allyany Santos, gerente do Banco do Nordeste do Brasil, divulgou que o banco está em quase dois mil municípios e investe em melhoria contínua para MPEs. “A crise assusta, mas o BNB é órgão de fomento, oferece taxas mais baixas, escalonamento de dívidas entre outras ações. O pequeno empreendedor faz toda a diferença, estou certa que o setor fará o Brasil renascer. O diferencial é a coragem, a criatividade e a inovação”, afirma.
Ainda no eixo dos desafios, os palestrantes Mauricio Manfré e Adriana Cordeiro abordaram os processos de conquistas novos mercados. Manfré refletiu que “o mercado internacional para MPEs existe e o primeiro passo é saber se seu produto tem demanda fora. Além disso, é preciso atender requisitos regulatórios e ter capacidade produtiva. Mas a mentalidade de que é possível, precisa existir nas MPEs”.
O Diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Eduardo Diogo, falou sobre a importância da colaboração para o crescimento do empreendedor. Em uma linha de pensamento falou social, acredita que “devemos fomentar o empreendedorismo humano. E os MEIs, e as MPEs brasileiras fazem negócios do modo mais humano”.
O encerramento aconteceu com a participação da atriz Denise Fraga. Ela falou dos efeitos da era digital, com um certo distanciamento das pessoas, acarretando ruptura de valores e atitudes. “É necessário um exercício da escuta e de empatia para que as pessoas consigam sair do seu cerco de solidão individual”, completa.