A GloboNews debateu, com os comentaristas Ana Flor e Valdo Cruz, o sofrimento das microempresas com a falta de acesso a crédito. Mencionaram que as linhas existentes não têm chegado às empresas, ao contrário dos MEIs, que se enquadram, de alguma forma, no auxílio emergencial, e as maiores empresas que conseguem acesso ao crédito.
Os comentaristas lembraram que a prorrogação do pagamento de tributos é alívio que tem prazo limitado, ou seja, os impostos terão que ser pagos. Com a maioria das empresas fechadas ou com faturamento muito reduzido, as microempresas não têm recursos para pagar salários, aluguéis e outras despesas fixas.
Nunca é demais lembrar que as micro e pequenas empresas são 99,2% das empresas brasileiras, geram 27% do PIB (mais do que agricultura) e mantinham, antes da crise, 52,2% dos empregos com carteira assinada, os empregos formais.
Fundo perdido – A Conampe, nos debates que tem incentivado e participado, com microempresários, lideranças do seu sistema nacional, no Fórum Permanente, no Sebrae e com representantes do governo, tem defendido que neste momento o socorro deveria vir a fundo perdido, para permitir que crédito efetivamente chegue às microempresas e que assim elas tenham uma oportunidade de se manter em atividade.
Imóveis da União como garantia – Outra proposta da Conampe é que o governo crie uma política pública de aval para empréstimos às micro e pequenas empresas utilizando parte dos seus mais de 750 mil imóveis como garantia. A União é a maior imobiliária do mundo, dona de imóveis que estavam avaliados, antes da crise, em R$ 1,3 trilhão.
Com esta medida o crédito poderia ser muito ampliado, favorecendo a sobrevivência das microempresas, a manutenção de postos de trabalho e, na retomada da economia, pode ser uma alavanca de crescimento dos negócios, de inclusão e transformação social.
Acesso ao crédito – A Conampe entregou à equipe econômica um documento em que apresenta os gargalos, os obstáculos ao acesso das microempresas ao crédito.
No texto, apresenta sugestões de flexibilização e de políticas públicas simples, que poderiam fazer o crédito chegar às empresas, o que não tem acontecido.
Uma das sugestões é criar metas para os bancos atenderem as microempresas, inclusive pontuando e destacando os gerentes de contas pelo atendimento ao segmento.
Leia aqui no site este documento.
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