A trajetória das federações empresariais em Santa Catarina tem mais de 70 anos, mas só agora uma mulher chegou à presidência de uma dessas entidades. É a empresária Rosi Dedekind, de Joinville, que assumiu, em maio, a presidência da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais de SC (Fampesc). Ela sucedeu Alcides Andrade, que realizou uma gestão marcante a frente da entidade.
Ex-presidente da Associação de Joinville e Região da Micro e Pequena Empresa (Ajorpeme), maior entidade do segmento na América Latina, e atuante no setor de hotelaria (Hotel Colon Palace), Rosi era vice-presidente da Fampesc e sucede Alcides Andrade, que assumiu projeto nacional. A missão é liderar ações para ajudar os associados a enfrentar a pandemia.
A Fampesc reúne 22 associações com mais de 30 mil empresas associadas em SC, mas representa todo o segmento. Acompanhe a entrevista em tópicos:
Desafios atuais – “O maior desafio das micro e pequenas empresas, no momento, é o acesso ao crédito. Estávamos torcendo muito para que o projeto do Pronampe, do senador catarinense Jorginho Mello, fosse viabilizado. A Caixa começou a viabilizar e esperamos que outros bancos façam o mesmo, hoje, o que está faltando é fluxo de caixa. É um dos maiores desafios que temos. O dinheiro vai para capital de giro e consegue manter empregos”.
Manutenção de emprego – “Quem opta pela MP do Emprego ou toma recurso emprestado de linha de crédito especial se compromete a manter os empregos. Isso dá uma estabilidade. Mas as empresas estão preocupadas com o que virá depois, se a retomada da economia será suficiente para pagar as dívidas. Mas se a pandemia continuar e as atividades voltarem a ser suspensas, há risco de mais desemprego porque as pequenas empresas já estão com muitas dificuldades”.
Para o pós-pandemia – “O que a gente tem divulgado bastante aos associados da Fampesc é a importância da reestruturação das empresas, de cuidar dos recursos financeiros, de rever custos. Isso porque a economia não vai voltar mais a ser o que era antes, há necessidade de as empresas se reinventarem”.
A crescente participação da mulher – O presidente da Conampe, Ercílio Santinoni, um dos pioneiros nacionais da organização e luta em favor das micro e pequenas empresas, desde o começo da década de 1980, avalia que a participação da mulher tem se ampliado nos últimos anos, ocupando cada vez mais lugares importantes nas entidades, de forma especial no sistema Conampe.
Para ele, o exemplo de Rosi Dedekind é motivador. Ele prevê que mais mulheres deverão estar na presidência e em diretorias de entidades, de forma especial no sistema Conampe.
Ercílio parabeniza Rosi Dedekind, deseja sucesso e garante todo o apoio da Conampe ao trabalho em Santa Catarina.
Fonte: Com informações de Estela Benetti/NSC Total
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