CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS

NOTÍCIA

IX Encontro Nacional realizado em Curitiba (PR) alerta sobre a atuação das lideranças em suas regiões

Lideranças representativas de 15 estados brasileiros e diretores de associações paranaenses ligadas a CONAMPE, estiveram reunidos nesta segunda, dia 19, em Curitiba (PR) para o IX Encontro Nacional de Lideranças da Micro e Pequenas Empresas. O encontro aconteceu no centro de eventos do Victória Villa Hotel.

A abertura oficial do evento aconteceu às 14h com a palestra Magna do diretor Superintendente do Sebrae-PR, Allan Marcelo de Campos Costa, que tratou as “Experiências Exitosas no Desenvolvimento dos Pequenos Negócios”. Allan apresentou o resultado da Missão de Benchmarking no Sudeste Asiático.

De acordo com Allan, a comitiva que participou da missão ficou impressionada com a realidade dos países daquela região. Em termos de infraestrutura, os países têm avanços significativos nos transportes, com portos marítimos modernos, amplos aeroportos e estradas largas com várias vias. “Apesar da infraestrutura, o governo não está preocupado com a indústria, propriamente, mas com o capital intelectual”, contou. Zonas francas são abertas em alguns países para o desenvolvimento de pequenos negócios internacionais voltados à tecnologia.

As iniciativas de apoio aos pequenos negócios também foram apontadas pelo superintendente do Sebrae/PR. Isso abrange a facilidade da abertura de empresa e crédito aliado à capacitação empresarial. Empreendedorismo inovador ou “startups”, ideias que saem do papel e vão para a prática, têm ambiente favorável para o desenvolvimento e apoio dos governos. “Temos algumas ideias no Brasil um tanto quanto ultrapassadas. As experiências que observamos servem para avaliarmos a própria ação de apoio ao empreendedorismo”, disse.

Em seguida aconteceu o painel de debates “Associativismo e o Crédito Orientado”. Participaram da mesa de discussão o primeiro vice-presidente da CONAMPE e presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Estado de Alagoas (FAMPEC-AL), Cícero Berto dos Santos; o ex-diretor superintendente do Sebrae-PR, Hélio Cadore; o gerente de planejamento do BRDE, Thiago Tosatto e também o secretário da CONAMPE e presidente da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas do Estado do Espírito Santo (Aderes), Pedro Gilson Rigo.

Cadore contou suas experiências associativistas e alertou sobre a importância do olhar sobre novos temas de representação das MPEs a partir do associativismo. Pagliari tratou o acesso facilitado ao crédito e os programas do BRDE para apoio às micro e pequenas empresas. Já Pedro Rigo, falou sobre associativismo e as políticas públicas do governo capixaba para o segmento das MPEs.

Atuação estratégica

Em reunião fechada na parte da manhã, lideranças nacionais ligadas à CONAMPE deram continuidade aos trabalhos do planejamento estratégico da entidade. Especificamente na pauta, foram abordadas ações para a sustentabilidade financeira das entidades de representação exclusiva das micro e pequenas empresas; ações para o intercâmbio de experiências sobre modelos de crédito orientado e associativismo; e desenvolvimento de propostas para a alteração do sistema tributário incidente sobre os pequenos empreendimentos.

Líderes compartilharam experiências de atuação em seus estados, contudo o grupo chegou à conclusão de que é necessário potencializar a atuação dos presidentes e diretores. “Precisamos nos movimentar mais e concentrar a nossa atuação nas bases, nas associações, nas empresas. Além disso, temos de trabalhar junto aos poderes locais, no intuito de influenciar os órgãos quanto às políticas públicas em prol das micro e pequenas empresas. Acho que precisamos avançar mais”, defendeu o secretário da CONAMPE e do MONAMPE, Pedro Gilson Rigo.

Para o presidente Ercílio Santinoni, diversas propostas de convênios já foram disponibilizadas pela CONAMPE para as federações e associações. “Poucos líderes têm aproveitado os convênios que temos disponibilizado para as federações a associações. Não obtivemos muito retorno. Acredito que sem prestação de serviço é difícil uma entidade se manter. Precisamos estar mais atentos quanto a esta questão”, concluiu.