Responsáveis por gerar empregos para mais de 1,2 milhão de capixabas, as micro e pequenas empresas vêm se destacando a cada ano como segmento essencial para o desempenho econômico do Espírito Santo e também como importante mecanismo de desenvolvimento social. No Estado, elas absorvem 60% dos trabalhadores que têm até 29 anos e têm ainda 10% da mão de obra composta por pessoas entre 40 e 60 anos.
Para que o setor permaneça produzindo bons números às economias capixaba e brasileira, lideranças nacionais e locais de entidades que representam os micro e pequenos negócios, além de representantes do governo e empresários, estiveram reunidos em Cariacica no dia 05 de agosto, para o 14° Encontro Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Enampe). Na ocasião, foram discutidos meios de fortalecimento do setor e apresentadas experiências que obtiveram bons resultados no país.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostram que nos seis primeiros meses de 2011, foram empregadas 851.310 pessoas com carteira de trabalho assinada nas micro e pequenas empresas do país.
Os significativos números do setor têm atraído as atenções de governos nas esferas municipal, estadual e federal para implementação de políticas para o ramo.
“As pequenas empresas formam estrutura de sustentabilidade econômica tanto no aspecto social quanto no produtivo. As grandes empresas necessitam das menores para prestação de serviços, transporte de mercadorias e geração de mão de obra. As pequenas não geram volume de impostos, mas são diretamente responsáveis pela geração de imposto das empresas médias e grandes”, explica o diretor-técnico da Federação das Entidades de Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Femicro-ES), Valdemar Fonseca de Souza.
No período da crise econômica mundial, enquanto os médios e grandes negócios demitiram cerca de 150 mil pessoas em todo o país, os pequenos contrataram mais de 1 milhão de trabalhadores, mostram os dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Para os especialistas, foram as micro e pequenas empresas que fizeram com que a crise tivesse impacto menor na economia.