CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E EMPREENDEDORES INDIVIDUAIS

NOTÍCIA

Pronunciamento do presidente da Conampe na abertura da XIX Convenção Nacional da Micro e Pequena Empresa

Pronunciamento de Ercílio Santinoni na abertura da XIX Convenção Nacional da Micro e Pequena Empresa, dia 7 de dezembro de 2022.

Prezado Herivelto Oliveira, jornalista, empreendedor e vereador de Curitiba.

Carlos Melles, presidente do Sebrae Nacional.

Luiz Lemos Leite, presidente da Anfac (Associação Nacional de Fomento Comercial), uma referência nacional de liderança empresarial.

Vitor Tioqueta, diretor Superintendente do Sebrae Paraná.

Luc Pinheiro, diretor técnico do Sebrae Santa Catarina.

Minha saudação especial a tantos que nos acompanham na caminhada em defesa da micro e pequena empresa há duas, três, quase quatro décadas. É tempo!
Às lideranças que chegaram agora, nos últimos anos.
Aos jovens que vão chegando, trazendo novas ideias e a sua natural energia realizadora. Sejam sempre bem-vindos!
Senhoras e senhores.
Amigas e amigos dos pequenos negócios que nos honram e alegram com as suas presenças nessa noite.

Estamos iniciando hoje a XIX Convenção Nacional da Micro e Pequena Empresa, graças a Deus na forma presencial, pelo segundo ano consecutivo, depois de uma pandemia dramática e mundial.
Esse mês de dezembro precede o início de um novo governo no país e nos estados, onde alguns, como é o caso do Paraná, serão de continuidade e outros totalmente novos.
Mesmo aqui no Paraná, onde nosso governador recebeu uma expressiva reeleição no primeiro turno, reformas estão sendo aprovadas na Assembleia Legislativa.
Governos são ciclos que se alteram, de quatro em quatro anos, no Brasil. Essa é verdade que não podemos esquecer – é a realidade.
Quando pensamos essa convenção sabíamos que chegaríamos a dezembro em meio a perguntas sobre as tendências do nosso país para 2023, expectativa extensiva aos estados brasileiros, mesmo aqueles onde os governadores foram reeleitos.
Também temos certeza de que os cenários e as tendências que se prenunciam não são, absolutamente, decisivos sobre nossas empresas.
Aí o meu amigo Luiz Lemos Leite pode me perguntar:

– Ercílio, você está passando bem?
Ou talvez ele até confirme o que estou falando.
Aos 93 anos ele já passou por muitos governos.
Se não contei errado, até agora foram 23 presidentes!
Quantas mudanças, quantos governos diferentes, quantos dias difíceis, quantas nuvens escuras no horizonte – vocês lembram?
Também tivemos dias de esperança de alegria, de sucesso, de vitórias, concordam?
Pois é!
Crises, eleições e eleitos, decisões e tendências à parte, chegamos até aqui!

Agora é diferente? Mudou o que?
Temos dúvidas, incertezas, preocupações?
E quando não as tivemos?
Os companheiros da luta em defesa das micro e pequenas empresas nos anos 1980 e 1990 lembram bem de onde começamos. Do zero, aliás, do negativo!
Com inflação de 70 a 80% ao mês as nossas dívidas eram praticamente impagáveis. Lutamos, lutamos e lutamos… e conseguimos reduções de juros, de correção monetária, fomos sobrevivendo, certamente com muitos arranhões, mas não paramos. Não desistimos, jamais!
Veio o primeiro Estatuto da Micro e Pequena Empresa em 27 de novembro de 1 984.
Vieram os artigos 170 e 179 na Constituição de 5 de outubro de 1988.
Veio o Simples, o Simples Nacional, o Fórum Permanente, a Frente Parlamentar no Congresso Nacional, políticas de compras públicas, avanços passo a passo em direção a ambientes diferenciados, favorecidos e simplificados para as micro e pequenas empresas.
E aí, meu caro Herivelto, vocês vão me perguntar:

– E agora, Ercílio, qual a tendência para 2023?

– O que vai mudar?

– Podemos ter esperança?
Meu caro Luiz Lemos, você é a nossa principal testemunha nessa noite.
A luta, os desafios e, felizmente, as oportunidades, não desaparecem quando os governos mudam!
Temos uma pauta de lutas, temos bandeiras que continuares a empunhar e temos a história ao nosso lado e as nossas conquistas como motivos para acreditar que vamos continuar avançando, a passos firmes.
Existe uma condição para avançarmos mais e mais rapidamente: precisamos nos unir agora como nunca, dar o nosso melhor para as nossas entidades e empresas.
Nas empresas, temos que crescer na gestão, aprimorar, resolver problemas com realismo e criatividade, inovar e buscar as melhores práticas e a sustentabilidade em cada um dos nossos setores de atividades.
A vitória e o sucesso vão continuar sorrindo para os mais dedicados e os mais preparados.
Amanhã, a partir das 8h30, estaremos aqui ouvindo tendências e experiências, modelos de negócios que nasceram do zero e se transformaram em grandes empresas.
O segredo existe: é atitude, ação, prática em lugar de teorias.

Albert Einstein afirmava:
UM GRAMA DE AÇÃO VALE MAIS DO QUE UMA TONELADA DE TEORIA!

Meus amigos e minhas amigas: a principal tendência para 2023 é acreditar!
Seguir em frente, sem desistir, sem retroceder, com coragem e fé em Deus.
Vamos manter nossos ideais e lutar por eles com sabedoria e sentido democrático e republicano.
Assim vamos continuar avançando, vencendo, passo a passo. E um dia, meu caro Luiz Lemos, poderemos contar ou alguém contará para os jovens, como nós aqui nessa noite, mais um pedaço vitorioso da nossa luta histórica, sagrada e permanente em defesa das micro e pequenas empresas!

As nossas tendências para 2023 são trabalhar e continuar acreditando no Brasil!